O estudo da existência de um outro além de mim se delimita dentro das
abordagens de análise da identidade como um tema e um objeto. A alteridade é
uma condição necessária para que aja as condições para o reconhecimento e construção
de identidades distintas, pois ao se trabalhar com a questão de identidade
deve-se refletir em relação ou em comparação a outros. Portanto, a identidade é
marcada pela diferença. Porém uma das dificulades de se trabalhar com a
dermarcação da identidade pela diferença é o de se cair em uma visão unilateral
de se ver o mundo, o que é chamado de etnocentrismo. O que se reconhece,
majoritariamente em diferentes estudos históricos e nos próprios currículos é a
existência de uma uma visão específica de mundo, o eurocentrismo, este se
constituindo em uma visão centrada na Europa e a partir de sua história. Por
isso se tornou um objetivo a reflexão sobre a necessidade de ampliação desse
ponto de vista, Caio César Boschi[1] apresenta
a importância de uma análise crítica da História, valorizando as diferenças e a
diversidades, reconhecendo os diferentes grupos como sujeitos de sua própria
História.
Outro
exemplo são os negros. Apesar de presente em nossa historiografia, o negro,
como o índio, não passava de ator coadjuvante em um roteiro escrito, dirigido e
estrelado por brancos.[2]
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